Ouça esse álbum: The Seventh One
Toto foi um dos mais famosos conjuntos musicais dos anos 80. Qualquer playlist que colacione os principais hits flashback desse período certamente contemplará canções como Africa e I'll Be Over You, sucessos absolutos emplacados pela banda de Los Angeles.
O que poucas pessoas sabem é que Toto foi fundada por exímios músicos de estúdio que haviam tocado com David Paich e Jeff Porcaro. Aliás, e extensa lista de músicos que já integraram a banda inclui os baixistas Nathan East (que tocou com lendas como Eric Clapton, Michael Jackson e Stevie Wonder) e Leland Sklar (lendário barbudo que gravou trabalhos importantes com Phil Collins).
O álbum em comento neste artigo é o The Seventh One, lançado em 1988. Esse trabalho marca o último de grande sucesso da banda no mainstream. Basta que se mencione que é nele que aparece o último grande hit do Toto: a canção Pamela.
Ao tempo da gravação do ábum, integravam a banda os músicos Joseph Williams (vocais), Steve Lukather (guitarra), David Paich (teclados), Mike Porcaro (baixo) e Jeff Porcaro (bateria).
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Falando do aspecto sonoro, The Seventh One, no meu entender, encarna o estilo característico da banda, o chamado Soft Rock. Assim como ocorre com outras dezenas de subdivisões do rock, essa vertente possui definição vaga, mas parece consistir no emprego de técnicas comuns do rock, como distorções e riffs eletrizantes, em canções com arranjos e melodias mais "palatáveis", produzindo uma fusão entre o romantismo musical dos anos 80 e o peso do rock setentista.
No álbum sobre o qual estamos escrevendo, esta influência pode ser vista em canções como Pamela, You Got Me, Stop Loving You e Stay Away (a terceira contando com Jon Anderson, do Yes, nos vocais de apoio), que, a despeito de serem bem cantantes e dançantes, surgem com uma roupagem composta por guitarras distorcidas e baterias mais pesadas (mas sem os samples caricatas), fazendo com que o som não se adeque de forma perfeita àquelas baladas românticas oitentistas.
Por outro lado, o romantismo daquele tempo aparece de forma descarada em Anna. Já a veia mais alternativa do The Seventh One dá as caras nas faixas Mushanga (com especialíssimo destaque para a intervenção solística do violão nylon) e A Thousand Years.
Por último, destaque para o interessante encarte do álbum. E é isso. Esse é outro álbum que julgo ser digno de audição para você que deseje conhecer mais de música e agregar conteúdo ao seu "acervo musical".
E até a próxima!