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Ouça esse CD: "Black Velvet" (por Esdras Andrade)

Um dos melhores cantores de soul de todos os tempos faleceu em 2017. Seu nome, Charles Bradley. O americano já era sexagenário quando morreu, no mesmo ano de lançamento do álbum Changes, o último lançado em vida. No ano passado, entretanto, foi lançado o álbum póstumo Black Velvet, que Bradley gravou antes de partir, mesmo já enfermado pelo câncer de estômago.


O álbum em comento, portanto, encerra (ao menos é o que se supõe) a carreira meteórica deste astro que emergiu do anonimato para o estrelato da cena do soul sulista americana em 2011, com o álbum No Time For Dreaming.


Aliás, indico veementemente que se assista ao documentário Soul Of America, de 2012 (disponível no YouTube), que conta um pouco da história de Bradley e sua difícil vida, além dos preparativos para o lançamento do seu álbum de estreia.


Dois anos depois do álbum de estreia, veio o excelente Victm Of Love, por meio do qual vim a conhecer este grande artista (inclusive escrevi um artigo sobre o nominado álbum neste site).


Black Velvet é, portanto, o quarto álbum de estúdio de Charles Bradley, no qual o soulman retorna às raízes dos dois primeiros álbuns, após as veias mais experimentais de Changes.


Composto de 10 faixas, o álbum novamente nos apresenta a incrível voz de Bradley (que em nada parece afetada pela doença), em canções tocantes, animadas e esteticamente muito bem pensadas. Como sempre, a banda de apoio de Bradley, a Menahan Street Band, está irretocável, com seus metais, baixos, guitarras e bateria que, longe de serem apenas um acompanhamento do front, são parte essencial da identidade musical de Bradley.


A capa também é bem legal, artísticamente agradável, depois do estranhíssimo encarte de Changes.


Quanto às músicas, destaco a dançante Luv Jones, a ótima Slip Away (com especial atenção para o belo timbre de guitarra solo), a instrumental e homônima Black Velvet e o cover de Neil Young, Heart Of Gold.


As coisas ficam mais intimistas em (I Hope You Find) The Good Life, uma ótima faixa melancólico sentimental, que em nada parece brega.


Por último, merece menção a nova versão que Victm Of Love (canção homônima do álbum de 2013) ganha no trabalho póstumo. Menos intimista/romântica e mais soul, a bela canção mantém os elementos fundamentais que proporcionam uma ótima audição.


Enfim, Chalres Bradley é arretado! Este álbum póstumo aparece como uma ótima homenagem a um cara que, com absoluta certeza, escreveu seu nome na história do soul americano. Vale demais a audição!


É isso mesmo.


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