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Ouça esse CD: Jah-Van (por Esdras R. Andrade)

No último dia 14 (quatorze) saiu nas principais plataformas de mídia digital o álbum Jah-Van Goes Jamaica, idealizado pelo produtor musical BiD em parceria com o músico Fernando Nunes e vários intérpretes.


O esperto título invoca a sonoridade da primeira sílaba do nome artístico de Djavan para anunciar de cara a proposta do trabalho: fazer uma releitura dos principais clássicos do cantor, músico e compositor alagoano no estilo musical jamaicano.


Ao longo de suas 10 faixas, este trabalho nos faz ouvir canções já consagradas encorpadas em reggae, ska e rock steady. A primeira coisa a se destacar é o absoluto sucesso na escolha do repertório. As canções escolhidas, surpreendentemente, caem como uma luva nas novas roupagens, respeitados os arranjos básicos e as melodias originais, a despeito de terem sofrido certa simplificação para o novo formato, dada a conhecida complexidade e refinamento dos arranjos compostos por Djavan.


De fato, apesar de não apresentar canções muito experimentais do ponto de vista harmônico ou sonoro, o maior mérito do álbum é o fato de ser o registro de uma ótima ideia tida por um produtor musical.


As canções Samurai, Meu Bem Querer e Lilás ganharam um clima de particular leveza nas novas versões regueiras, com destaque para a ótima interpretação de Seu Jorge na segunda faixa citada.


Por sua vez, a balada romântica Nem Um Dia reaparece sob a forma de um autêntico reggae “true”, interpretado com autoridade pelo paraibano Chico César.


Merece destaque também a excelente versão de Azul, interpretada pela cantora Fernanda Abreu.


As coisas poderiam ser melhores em Açaí, na qual Arnaldo Antunes não consegue acompanhar as interpretações muito colocadas de seus companheiros de disco.


Enfim, audição bastante interessante. Que haja outras iniciativas parecidas.


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