Ouça Esse Cd: Funk Wav Bounces Vol. 1
Uma das coisas interessantes desta vida é voltar ao passado. Nada melhor do que, de vez em quando, fazer coisas que há tempos nada mais eram que um hábito cotidiano e, assim, saborear a feliz e nostálgica sensação de que tempos de ouro foram vividos.
Há algumas semanas fiz algo que há muito tempo não fazia: fui a uma loja de discos e simplesmente fiquei lá, namorando álbuns em busca do escolhido para sair da prateleira (sim, amigos, muita coisa mudou).
Não vou fazer mistério. Lá vai o spoiler! Comprei um DVD do Jamiroquai e um cd do Zeca Pagodinho (sim, gosto de um bom samba também). Entretanto, em meio aos muitos dedilhados que faziam os discos enfileirados passarem, eis que vejo o novo álbum do Calvin Harris, conhecido DJ escocês.
Bem, há um certo passado aqui que, ao contrário da minha marota visita à loja de cds e dvds, não cabe reviver. Não vou aqui ressuscitar as antigas discussões do Aeroplane sobre a qualidade (ou não) de álbuns e artistas eletrônicos.
O fato é que não pude deixar de notar a interessante capa do álbum Funk Wav Bounces Vol. 1: uma praia em um interessante tom alaranjado, o que me fez lembrar de uma imagem semelhante que aparece no filme “O Pagamento Final” (originalmente, “Carlito’s Way", filme que eu antigamente também assistia – assistam e entenderão).
![](https://static.wixstatic.com/media/d69298_366a9b1b1fa84fee99916d09bf9fc797~mv2.png/v1/fill/w_600,h_600,al_c,q_85,enc_avif,quality_auto/d69298_366a9b1b1fa84fee99916d09bf9fc797~mv2.png)
Não comprei o álbum, mas presto fui ao Spotify ouvi-lo. Logo nas primeiras faixas, me deparo com um trabalho, na verdade, muito bom, com baladas bastante suingadas (é claro que a expressão “funk” logo me cativou) e arranjos bem construídos.
Este álbum, o quinto de Calvin Harris, lançado em junho de 2017 pela Columbia Records, concretiza em minha uma impressão que há muito tem estado em minha mente – a música eletrônica é o produto do momento.
O horário em que escrevo e esta luminária barata não permitem que elenque aqui as vantagens e desvantagens disso (mas ainda preferirei as boas e velhas gravações “reais”).
Deixando isso de lado, destaco as faixas Slide, Rollin, Holiday e Feels, ótimas baladas com detalhes melódicos realmente interessantes (esta última com uma linha de baixo marcante executada por um Ibanez 1200).
Até a Skrt On Me, interpretada pela contestadíssima (pra dizer o mínimo) Nick Minaj (e seus autotunes), se torna interessante neste álbum.
Mas o grande destaque mesmo vai para a terceira faixa do disco, Heatstroke, ótima canção que faz até o esqueleto de Kildery Rafael se requebrar (mentalizem a cena), merecendo especial atenção a belíssima voz da cantora Ariana Grande.
Por último, vai meu salve para a interessantíssima estrutura montada para a última faixa do álbum, Hard To Love.
Tomara que haja um volume 2. Talvez eu compre quando voltar a uma loja de cds.
Grandes abraços!!!