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Ouça Esse CD: Power Of Peace (por Esdras R. Andrade)

Foi com surpresa que, ao fim de 2017, tomei conhecimento do lançamento de mais um álbum do guitarrista mexicano Carlos Santana. Não que a periodicidade da produção de álbuns inspire tal surpresa, eis que são dezenas e dezenas de álbuns. Entretanto, não esperava ver o conhecido guitar man da terra dos mariachis lançar algo com os remanescentes dos Isley Brothers (Ronald e Ernie, para constar).


Eterno ícone da música popular americana, The Isley Brothers se eternizaram no panteão da música do Século XX, empreendendo inesquecíveis baladas e se tornando um dos ícones da motown dos anos 70. Contudo, há muito que o lendário grupo não habitava os holofotes da música internacional. Basta que se perceba que, no Século XXI, são apenas quatro álbuns.


O trabalho em conjunto destes gigantes é o Power of Peace, lançado em 28 de julho de 2017, reunindo 13 faixas e investindo majoritariamente em covers de clássicos do R&B (o álbum só tem uma música inédita). Entre os contemplados para versões, encontramos Marvin Gaye, Billie Holiday, Curtis Mayfield, Dionne Warwick e Stevie Wonder.


O trabalho, no geral , é bom, em que pese haja algumas faixas fracas como Total Destruction To Your Mind e I Just Want To Make Love With You. Outro ponto negativo são as insistentes “fritadas” de Santana (algo também presente em seus discos solo mais recentes), que marcam tanto quanto as frases geniais.


Todavia, merece destaque a preservação incomum da voz de Ronald Isley, tão marcante como nos anos 70.


Entre as boas faixas, aparecem God Bless The Child e Mercy Mercy Me, com destaque para o interessantíssimo aranjo da última.


A faixa inédita do álbum é I Remember, interpretada por Cindy Blackman Santana, esposa de Carlos e baterista do álbum. Cá entre nós, a música não acrescenta muita coisa ao trabalho.


A veia latina de Santana aparece em Gipsy Woman, música de Curtis Mayfield, com interessante balada no refrão.


O ponto alto, entrementes, fica por conta do cover de Higher Ground, de Stevie Wonder, que deu uma roupagem mais pesada à original (se aproximando da versão do Red Hot Chili Peppers), com grandes elogios às levadas de Santana.


Não é um espetáculo, mas em tempos de Pablo Vittar sendo comparado(a?) a Whitney Houston, Power Of Peace merece ao menos um pouco de atenção.


E no mais, acesse Aeroplane! Abraços!


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