Ouça esse CD: 24K Magic (por Esdras Andrade)
Quatro anos após o lançamento do comercialmente muito bem sucedido Unorthodox Jukebox, o cantor americano Bruno Mars lança o seu terceiro álbum de estúdio, 24K Magic, composto por 9 faixas e lançado oficialmente em novembro do ano passado pela Atlantic Records.
Seguindo a tendência do single Uptown Funk, lançado em 2015, o novo álbum de Mars destoa dos anteriores por abandonar as influências da música havaiana e eletrônica moderna que os marcaram e mandando ver na chamada “música negra americana”, algo que já encontrávamos em algumas faixas do último álbum, como, por exemplo, Locked Out Of Heaven.
24 K Magic começo logo chutando o balde com a faixa que dá nome ao álbum, um legítimo funk que tele transporta o ouvinte para o Brooklyn dos anos 80, com destaque para o uso eficiente dos sintetizadores nas vozes em vários momentos.
As coisas dão uma certa modernizada em That’s What I Like, um eletrônico ao estilo dos rappers americanos modernos, mas temperada pelas ótimas linha melódicas de Mars.
Outro destaque do álbum em comento são as excelentes baladas românticas, algo marcante nos álbuns de Bruno Mars (basta lembrar de Talking To The Moon e When I Was Your Man), mas que agora aparecem com toda a profundidade que os efeitos eletrônicos proporcionam, em claras referências ao flashback anos 80 em Versace On The Flor, Straight Up and Down e Calling All My Lovelies.
Talvez a única ressalva a ser feita em 24K Magic seja o fato de que, em algumas faixas, as referências aparecem claras demais, em brutal contraste com os álbuns anteriores, o que se acha muito evidente em Perm, que só não remete em 1 segundo de audição a James Brown na mente de quem não o tenha ouvido ao menos uma vez na vida.
Enfim, 24K Magic é, para mim, um dos melhores discos de 2016, uma demonstração de bagagem musical e habilidade composicional de um dos artistas mais talentosos da atualidade.
Boas frequências!
