Ouça Esse CD: Low High Low (por Kildery Rafael)
No final de 2013, Max Frost estreou com lançamento do EP de apenas cinco faixas. O sucesso de “Low High Low” foi imediato graças ao single White lies que o precedeu.
O artista se propõe a misturar a sonorização do hip hop com elementos de blues, funk e pop, apesar da boa proposta não atingir com eficácia necessária para alcançar a expectativa gerada. O trabalho fica adstrito a um comportamento que não é novidade alguma, talvez pela limitação do trabalho: cinco se mostra um número pequeno para que Max Frost mostre tudo o que há a oferecer.
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White lies, Nice and slow, Glow long, Suspended animation e Be who you want to be, nesta ordem, são as músicas brevemente analisadas.
A primeira faixa leva o EP nas costas e foi responsável por fazer muitos conhecerem o trabalho do artista, mas não pode ser considerada a melhor. Há mais apelo pela batida, os efeitos de distorção de voz e o forte baixo presente do que pela letra, que não se sustentaria sem os demais elementos.
A segunda merece destaque. No que a primeira erra esta acerta e mantem os méritos da anterior. Nice and slow apenas deveria ser menor. Os três minutos e cinquenta segundos torna a pequena letra repetitiva, apesar de agradável pela simplicidade.
A faixa subsequente me vem como a melhor do EP, junto com a anterior, apesar de ver os elementos nela usados nas duas anteriores. A música não tem muito apelo comercial, mas seu pequeno refrão grudou na minha cabeça.
Vejo a quarta faixa como a de menor relevância. O que mais me chamou atenção foi a transição da péssima introdução, que já me desagradou de cara, com elementos que me lembram sons de jogos do Atari 2600. Aos quarenta e nove segundos Max Frost resolve salvar a música e coloca uma guitarra e um violão de fundo, tarde demais.
A quinta faixa já mostra uma pegada diferente das demais desde o início, a música é redondinha, a letra é animada, mas não me parece querer mostrar algo diferente ou inovador. É a típica música aleatória que se coloca num álbum só para fechar a conta.
O trabalho como conjunto é digno de ser mantido no cartão de memória, com a ressalva de sua mediocridade. Serve para se ouvir sem muitas expectativas, como aquela pasta de músicas de diversos artistas de menor expressão que você ouve de maneira aleatória. Por isso, apesar de seus méritos, o EP não merece ser comprado pelo preço que é oferecido no site oficial do artista. Doze dólares é muita coisa, o que na presente data representa vinte e nove reais, aproximadamente.