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Geral: Bandarra e Pouca Vogal (por Kildery Rafael)

Com o advento da inclusão digital e a consequente popularização da internet, muito mudou no cenário musical. A internet obrigou o mercado fonográfico a se adaptar à nova realidade, as grandes gravadoras aprenderam pelo bolso que não mais eram donas do que as pessoas ouviam e tampouco poderia competir contra um mercado irregular que não comporta a ideia de se prender exclusivamente ao elemento físico, seja CD ou disco, sendo certo que só quem aprecia ter uma coleção e poder aquisitivo para tal opta pelos artefatos. Resultado: Hoje o artista vive de show e não da venda de discos.


As gravadoras tiveram que apertar o cinto e refinar mais os poucos artistas que não debandaram para concorrentes menores. E isso, unido ao amplo acesso às novas tecnologias, fez surgir inúmeros artistas tabulados como indie. Os artistas independentes foram os primeiros a entenderem que serão mais ouvidos se disponibilizarem suas músicas de maneira gratuita. Tal liberdade enseja novas criações, novas experimentações, que antes eram limados por não terem apelo comercial. Assim vimos surgir um novo comportamento que tende a se intensificar até tornar-se lugar comum.


Tibério Azul foi um desses artistas que resolveu disponibilizar seu trabalho de maneira gratuita, com o intuito de se fazer conhecido. O álbum de 2011 rende shows até hoje e é aclamado pela crítica regional pela arte do encarte, composições, músicas e produção.


Bandarra - Aeroplane

Particularmente reconheço o grande trabalho feito por Tibério Azul, que me fez conhece-lo e depois descobrir que sua história na estrada artística não vem de hoje. Porém, não gostei das boas letras poéticas, da melodia, harmonia e ritmo das canções e nem do forte sotaque recifense. Por quê? Tenho me feito essa pergunta todos os dias desde que ouvi o BANDARRA.


Na verdade acho esse incomodo relativo ao sotaque bastante insipiente: sou do interior de Pernambuco e moro em Recife há uns seis anos, então sotaque forte é o que provavelmente mais carrego e estou acostumado. É mais pelo caráter underground recifense que a obra transpira.





Do álbum destaco “Vamos ficar sol” e “Lá em casa”. Sem dúvida é trabalho que vale a pena ser ouvido. É, em meio ao lamaçal da mesmice, algo que se destaca por ser original, devendo ter seu mérito e reconhecimento.


Para baixar o CD clique aqui ou acesse o site do artista: tiberioazul.com.br.


Pouca Vogal - Aeroplane

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Outro trabalho que aponto hoje é o fruto do projeto Pouca Vogal, que uniu dois cantores gaúchos, formando “a menor banda de rock da música brasileira”, segundo o próprio Humberto Gessinger em um dos vários shows aqui em Recife. Com Duca Leindecker, executavam sucessos da respectivas bandas, Engenheiros do Hawaii e Cidadão Quem, acrescentando ao setlist músicas feitas exclusivamente para o projeto.


Humberto Gessinger é um artista nacionalmente conhecido e respeitado por seu trabalho solo e com a banda, que hoje se encontra num hiato indefinido. Duca Leindecker é mais conhecido no sul, por seu trabalho com a Cidadão Quem. Como Humberto, capitaneia sua banda, que certamente terá post próprio em breve.


Quando saí do show do Pouca vogal, que aconteceu em 2012, disse que o projeto servia para mostrar que quando o artista é bom, não precisa de uma banda acompanhando, dois caras de talento inquestionável a substitui. E é por tal motivo que indico as oito músicas disponibilizadas gratuitamente no site.






























































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